O recente halving do Bitcoin (BTC), ocorrido na última sexta-feira (19), trouxe consigo um temor entre os investidores de perderem a última geração de memecoins, o que ajudou a moderar brevemente o impacto negativo sobre os mineradores, responsáveis por garantir o funcionamento da moeda digital.
No sábado (20), as taxas de transação da criptomoeda dispararam para US$ 82 milhões, à medida que os usuários corriam para cunhar tokens especulativos dentro do Bitcoin, de acordo com a casa de análise TheMinerMag, especializada em mineração de criptoativos.
As memecoins dentro do Bitcoin foram viabilizadas graças ao protocolo Rune, permitindo a criação de criptomoedas dentro da rede da maior cripto do mercado. Ativos digitais semelhantes emitidos em outras blockchains, como o Bonk (BONK) na Ethereum (ETH) e a dogwifhat (WIF) na Solana (SOL), têm se destacado como alguns dos ativos de melhor desempenho este ano.
O protocolo Rune, concebido pelo desenvolvedor Casey Rodarmor, também introduziu outro mecanismo que permite às pessoas gerar tokens não fungíveis (NFTs) na blockchain. Os usuários pagam taxas extras elevadas aos mineradores de Bitcoin, que utilizam computadores especializados para verificar os dados na rede, visando finalizar seus pedidos e serem os primeiros a lançar uma memecoin que acreditam ter valor.
Embora o halving seja geralmente um catalisador positivo para os preços do Bitcoin, reduzindo a oferta de novas criptomoedas, os mineradores estão enfrentando a perspectiva de perder mais de US$ 10 bilhões em receitas anuais, já que a produção diária caiu de 900 para 450 Bitcoins.
Diante disso, os mineradores precisarão depender cada vez mais das taxas de transação geradas pelo pagamento ou cunhagem das novas memecoins para evitar prejuízos à medida que os subsídios à mineração diminuem. As receitas com mineração já começaram a diminuir, atingindo sua mínima de dois anos, conforme dados do provedor de serviços de mineração de criptomoedas Luxor Technology.