O Bitcoin (BTC) enfrenta uma queda nesta manhã de terça-feira (19), impulsionada pela saída recorde de fundos do maior ETF (fundo de índice) à vista da criptomoeda nos Estados Unidos, o GBTC, e pelo aumento nas liquidações de posições alavancadas do ativo digital.
O GBTC, ETF administrado pela Grayscale com US$ 25 bilhões sob gestão, viu saídas de US$ 643 milhões na segunda-feira (17), marcando o maior valor de retirada desde sua conversão em fundo de índice em 11 de janeiro, conforme dados da Bloomberg.
A empresa de trading de criptomoedas, QCP Capital, destacou em nota à Bloomberg que está monitorando de perto os números agregados do fluxo de ETFs, considerando que uma “entrada líquida negativa seria um sinal claro de baixa”.
Após a aprovação de 10 ETFs à vista de BTC nos EUA em janeiro, incluindo produtos da BlackRock e da Fidelity, o mercado testemunhou um influxo significativo de capital, totalizando US$ 12 bilhões. No entanto, de acordo com a Bloomberg, o ritmo de entrada de capital em todos os produtos começou a diminuir.
Foi o interesse dos investidores nos ETFs que impulsionou o Bitcoin para um pico histórico de US$ 73.798 na semana passada. Entretanto, nesta manhã de terça-feira, a criptomoeda está sendo negociada a US$ 63.157, registrando uma queda de 17% em relação ao recorde de preço.
Na noite anterior, o Bitcoin teve uma queda abrupta para US$ 8.900 na exchange de criptomoedas BitMEX, enquanto em outras plataformas de negociação ficou próximo de US$ 67 mil. Em questão de minutos, o preço voltou ao patamar “normal”. Relatos de usuários na rede social X (antigo Twitter) indicam que a venda significativa de baleias, investidores com grande quantidade de criptomoedas, foi responsável pela queda momentânea.
A correção no preço também resultou em liquidações em massa de posições compradas em exchanges centralizadas. De acordo com dados do CoinGlass, aproximadamente US$ 521 milhões em contratos foram liquidados nas últimas 24 horas. Essas liquidações ocorrem quando as corretoras forçam o fechamento de uma posição devido à falta de fundos para cobrir as perdas.